Quando se pensa em ligas metálicas na medicina, o assunto conecta passado e futuro. Basta notar que quando tomamos uma vacina, uma agulha feita de um material metálico penetra nossa pele por um instante; Já em outra extremo,  a cada dia surgem novas próteses que serão colocadas dentro do corpo de pessoas para corrigir alguma função motora. Em ambos os casos precisamos de algumas garantias: Que o objeto não irá fraturar dentro de nosso corpo, e que ele não será rejeitado pelo mesmo. Por esse motivo que primeiramente será introduzido o conceito de biocompatibilidade.

Biocompatibilidade

Em poucas palavras, um material biocompatível possui a habilidade de desempenhar uma resposta apropriada em uma aplicação específica no corpo humano. Devido a formação de uma fina e aderente camada superficial de um óxido estável, acabam por apresentar um comportamento mais próximo de materiais bioinertes, que são materiais menos suscetíveis a causar uma reação biológica em função de sua estabilidade química. Ao não se respeitar este conceito, o organismo pode reagir negativamente de algumas maneiras, como uma alergia, reações inflamatórias, ou respostas piores.

Dentes feitos de ouro. Imagem fieta por IA
Dentes feitos de ouro. Imagem fieta por IA

O que a ficção nos mostra em filmes de aventura, com caveiras com dentes de ouro, na realidade tem sentido. Já que o ouro tende a não reagir, e de fato a registros de povos na china e na américa que utilizavam ouro na reconstrução de dentes há mais de 2000 anos. Porém, não sendo este um caminho especialmente barato, e que não possui a melhor resposta mecânica, aqui estão alguns exemplos de ligas metálicas usadas na medicina atual.

Aço Inox AISI 316L

A característica que dá ao aço inoxidável sua resistência a corrosão é a mesma que favorece a sua biocompatibilidade, além de que possuir uma boa resistência mecânica ser uma característica apreciável. Sua Composição inclui uma quantidade mínima de carbono, além de costumeiramente ter mais 30% de Elementos de liga entre Cromo, Níquel, Molibdênio (os três principais), manganês, silício, fósforo e enxofre.

São empregados em equipamentos médicos por sua alta resistência à corrosão e fácil esterilização, além de ser utilizado em tubulações, válvulas, bombas e outros componentes que entram em contato direto com bio-materiais ou produtos químicos corrosivos. 

Bisturi. Obtida em banco de imagens

Ligas Cr-Co-Mo

As ligas engenharadas com estes metais são de uma classe especial de materiais altamente resistentes a corrosão em meio fisiológico, além de resistentes ao desgaste, sendo muito superiores às ligas de aço inoxidável. Por também possuírem um limite de resistência à fadiga superior, possuem a classificação de serem bastante indicados para procedimentos que necessitem de longevidade.

Este material é ideal para procedimentos de substituição de superfícies articulares, também utilizado para aplicações odontológicas.

Ligas de Ti

Ligas a base de titânio acabam por serem amplamente utilizadas em implantes médicos devido a sua excelente biocompatibilidade, boa resistência a fadiga e possuir densidade bem a baixo do aço inoxidável, resultando em produtos mais leves. Outras Vantagens seriam um módulo de Elasticidade adequado para a aplicação em próteses, resistência a corrosão e boa resistência mecânica.

Entre as principais aplicações estão em próteses de joelho e dentárias.

As ligas Cr-Co-Mo e as Ligas de Ti podem ter aplicações semelhantes. Imagem obtida em um banco de imagem.

E os dentes de ouro?

Sim, nos dias Atuais Ainda existem próteses dentárias feitas a partir do ouro, apenas sendo fabricada de uma maneira mais moderna,  sendo modificada para redução de custo e melhora nas propriedades mecânicas, porém o sorriso dourado acaba sendo mais visado para fins estéticos, e peculiaridades da moda.

Esperamos que tenham gostado de saber um pouco sobre as ligas metálicas mais comuns usadas na área médica. Precisa de uma confirmação sobre um material que você ou sua empresa está utilizando? Conte conosco, a SMat Jr. resolve!